terça-feira, 18 de agosto de 2009

No seu espelho, no seu bolso.

Uma boa história de amor acontece de muitas formas.
Algumas duram horas completas. Talvez dias, talvez anos, talvez vidas. Os começos normalmente são mias simples que os finais; e os meios são todas as pequenas chances aproveitadas, somadas àquelas que se deixam desperdiçar. Uma boa história de amor consome tempo bastante para que não seja tão curta ou tão longa. Se todos os sentimentos fossem eternos, existiria apenas u único destino ao nosso encontro. E uma historia sem desencontros, não seria tão boa para ser de amor.
Isto era tudo que ela sabia quando abriu os olhos.
Então era pouco cedo para estar acordada, e muito tarde para ter alguma pressa.
Não fazia tanto sentido, mas ela poderia dizer que ouviu a porta bater. E se estivesse certa, ele teria partido.
Como aquelas coisas que partem depois de terem estado entre nossos dedos. Como aqueles enfeites de porcelana que se quebram, ou aqueles sabores que dissolvem. Simplesmente acontece.
E o que ela poderia fazer que já não houvesse feito?
Talvez pudesse andar até o espelho. Refazer as mesmas perguntas, procurar as mesmas respostas. Repassar as cenas decoradas. Comprovar que ela estava, enfim, sozinha, sem ele, só em frente à própria imagem.
Era infinitamente mais fácil olhar para si mesma.
E se observando no próprio reflexo, ela encontrou. Mesmo que não buscasse, ali estava.
Havia um papel no espelho.
E ela iria ler o que estava escrito. E assim, então, ele não a a teria deixado sem se despedir.
No seu espelho. Precisei ir. Lamento criar surpresa. Não espero que entenda, mas ainda amo você, sem poder oferecer nenhuma grande explicação.”
Então era isto.
Tudo absolutamente previsível, como ela supôs que iria ser.
E seria óbvio reclamar, mas ela sorriu.
Mais cedo ou mais tarde, depois de ter batido a porta e caminhado algumas ruas, ele se perguntaria o quanto ela iria sofrer, por não terem tido um final mais feliz.
Ela sabia. Sempre soube.
Poderia imaginá-lo colocando as mãos nos bolsos.
E também encontraria um bilhete dela.
No seu bolso. Se encontrou, provavelmente não estou por perto. Você precisou ir. E eu sabia que aconteceria. Lamento estragar a surpresa. E não espero que entenda, mas também amo você, sem precisar de nenhuma grande explicação.”
É que boas histórias de amor acontecem de muitas formas. Algumas duram horas completas. Talvez dias, talvez anos, talvez vidas.
Você sabe, muitas precisam de finais felizes. Outras, precisam apenas acontecer.
Porque cada boa história de amor que acontece, tem sempre a sua chance de recomeçar.

7 comentários:

  1. sinto que essas palavras já quiseram sair de mim um dia.
    Amores, grandes amores.
    Como é bom sentir.
    Muito bonito Larissa!

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  2. *.* Texto perfeito!
    Final feliz as vezes acontece.
    Mas não importa muito, porque se foi um final feliz significa que chegou ao final...
    É bem melhor comtemplar o meio eternamente, sem precisar de um fim...talvez de uma pausa pra sentir o amor renovar.
    Mas que nãochegue ao fim..e se chegar, queseja o mais feliz e tranquilo possivel!

    Bjoks

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  3. Final feliz.. ando meio desiludida com isso tudo.. mas adorei o texto Larissa.. sinto saudades dos seus posts.. adoro o jeito como voce escreve..

    Beijoo.

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  4. As histórias de amor nunca tem um fim, não são contos de fada com "e viveram felizes para sempre" por mais bonitas que sejam.

    Amei. beeijo.

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  5. Meu Deus. Chorei com esse texto, tá muito perfeito *---*

    Tu arrasa, guria!
    E tem um selinho/meme pra ti!
    bjaoooo.

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  6. adoreii seu blog ! mtu fofo ;)
    vou seguir aquii, se kiser passa no meu *.*

    bejoo

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