segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Borboleta.

Me sinto respirando devagar, borboleta, enquanto você se move à minha volta, como se eu quase não pudesse sentir, e apenas adivinhasse o que você faz. E te sinto pousar sobre o meu coração, enquanto o escuto bater sempre mais e mais rápido - tanto que, de repente, me parece estar parado, num batimento sem pausas, tão aceleradamente quieto quanto você.
Meu coração que também foi (e é) seu.
Então, borboleta, aonde você está indo agora? Já não sei mesmo em que telhados está voando e, honestamente, isto me faz querer voar também.
Talvez, se assim eu pudesse, conseguisse voar até você.
É tão estranho, borboleta. Mas por mais que eu não deseje que você se afaste, espero que continue igual a como te conheci. Que não se prenda, por mais que te queiram como eu te quis.
E eu me pergunto, como poderia te perguntar, se você ainda se parece com como era há algum tempo atrás. Por quantas metamorfoses passou, e quantas vezes as asas bateu, para chegar até aqui, e para depois partir de volta?
Não sei se você ainda tem as mesmas cores - aquelas que, outro dia, eu pintei nas suas asas. Se ainda lembra dos desenhos que fiz, e das combinações que criei para te reconhecer quando nos encontrássemos. E que, agora, quase não me importam, porque acho que nos perdemos.
Mas veja bem, borboleta, existem espécies de você que duram somente um dia. E estas nem mesmo fazem parte de uma história de amor. Então, talvez, seja essa a sua pena: apaixonar-se por viver só mais um pouco. E eu vou pagá-la por você.
É que por mais longe que voe, você já parou um dia aqui. E por mais que eu esteja parada, me sinto voando com você.
Me sinto respirando devagar, enquanto você se move à minha volta, como se eu quase não pudesse sentir, e apenas adivinhasse o que você faz. E te sinto pousar sobre o meu coração, enquanto o escuto bater sempre mais e mais rápido - tanto que, de repente, me parece estar parado, num batimento sem pausas, tão aceleradamente quieto quanto você. Meu coração que também foi (e é) seu.
E é quando desperto e não te encontro. E quando te chamo de borboleta, por achar que você voou. Mas é também quando, e como, ganho a certeza intuitiva de que você também lembra. E de que você também bate as suas asas, sempre mais e mais rápido, no mesmo ritmo do meu coração.

5 comentários:

  1. Morro de medo de borboleta... heheheh ;)

    Mas falando sério, gostei dessa sua frase: Mas por mais que eu não deseje que você se afaste, espero que continue igual a como te conheci.

    A gente sempre acaba se sentindo assim em relação às pessoas que amamos né? Mas elas sempre acabam mudando, assim como nós.

    bjaooo ;**

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  2. amo borobletas ... HAHAHA
    AMEI O TEXTO, MEMSO. BEEIJOS

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  3. as borboletas sempre voltam para onde elas encontram paz é só questao de tempo...=)muito legal teu blog já te linkei.

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  4. Muito Lindo!esse texto mexeu comigo mesmo!
    (Mas por mais que eu não deseje que você se afaste, espero que continue igual a como te conheci. )
    lindo"
    ______________________________________________
    É fernanda eu realmente quero acreditar que assim será
    ________
    Larissa parabéns ta lindo aqui'
    ese texto é teu?

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  5. se conseguisse voar também, tudo seria diferente... lembra do efeito borboleta?

    mas se borboletas realmente trazem sorte, bom pra ti ter uma por perto, sempre, no teu coração.

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