sexta-feira, 26 de março de 2010

E essa é a graça.


Para Eduardo J.


É que você sabe de coisas que poucas pessoas sabem.
E antes que eu soubesse exatamente o que escrever, você seria capaz de imaginar que eu, de fato, não saberia.
Porque você sabia que eu iria tentar escolher as palavras certas - e porque palavras certas não existem, você sabia que a cada tecla e a cada sílaba eu me atrapalharia mais e mais, por tentar te surpreender. E para você, enfim, não será nenhuma surpresa.
Você sabe de coisas que poucas pessoas sabem. E talvez esta seja a sua melhor parte. No entanto, veja só, eu acho que você nem percebe. E essa é a graça.
Fica permanentemente escrito nos seus gestos, no seu sotaque, nas suas preocupações, sentidos, medos e perspectivas. Fica escrito nas gírias do seu vocabulário. E a sorte acontece quando quem está por perto consegue ler. Quando você (ocasionalmente) aceita permitir que te leiam.
E porque você me permitiu, eu li coisas que jamais irei escrever.
E serei sua amiga até quando todas essas coisas começarem a desbotar, para pintar cada uma delas novamente, nas tintas que combinarem melhor. Ou para costurá-las, tão forte e tão apertado para que nunca se soltem, e para que você seja sempre (e sempre) você.
Porque dos prólogos aos epílogos, a sua história vale mais que muitas das vidas que as pessoas comuns costumam ter.
E você sabe de coisas que poucas pessoas sabem.
Que seu coração não somente te pertence. E que não somente bate assim tão perto, porque bate também em lugares tão distantes que você não consegue supor. E sabe que há laços que não desatam depois da vida. Tanto quanto sabe que está atado àquela espécie inevitável de amor - aquele amor que não cura, aquele amor que só Sara(h).
E das coisas que poucas pessoas sabem, das coisas que apenas você é capaz de saber, eu desejo que você tire suas respostas, e construa com elas sempre novas perguntas. Para que não deixe de procurar, buscar e querer. E para que encontre - seu lugar, seu refúgio, seus planos e até você mesmo.
Eu assistirei você, e assistirei a você. Serei a 'ajeitadora' dos seus ternos, protetora dos seus segredos e admiradora dos seus atos.
Mesmo porque 'se eu não fosse tão sua amiga', haveria muito menos honra, muito menos orgulho e muito menos fé do que hoje existe em mim.
Apenas seja também. E apenas saiba.
Há uma existência inteira esperando por ti.

9 comentários:

  1. se eu fosse esse menino me sentiria honrada por um texto tão, er, fofo.
    pede logo em casamento!
    beijo,
    menina má!

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  2. Para pedir em casamento eu não precisaria escrever tanto, anônimo.

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  3. Eu fico sem graça de comentar aqui! Afinal, é um momento de vocês!

    Queria parabenizá-los por essa linda amizade!
    Que ela possa romper as barreiras do tempo e se eternizar em pesamentos e lembranças.

    Ficam aqui o meu beijo e a minha atenção!

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  4. Uma amizade rompe fronteira...ela nao muida..e tudo depende de vc e da pessoa...ele q sinta orgulhoso de ter alguem como vc...como sentiria....

    Bjos...fique com Deus

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  5. que texto liiindo <3
    só de ler isso já sei que a amizade de vcs deve ser extremamente profunda :D
    muito lindo isso *-*
    parabéns pelo texto, e pelo blog, que é lindo *-*

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  6. Posso dizer que eu tenho um amigo querido assim.
    [...] Posso dizer que nós somos sortudas!
    Um grande beijo, flor!

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  7. adorei a demonstração de amizade..
    hehe
    nem sei o que comentar...
    :S
    muito dificil isso acontecer, meus comentários geralmente são grandes, ou com nd
    um outro ponto pelo menos...
    !
    fico por aqui então.
    beijo

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