sábado, 31 de janeiro de 2009
Me espera.
Vamos abrir o guarda roupa e procurar nossos uniformes de super-heróis. Eu sei que é isso que você quer, e adivinhe, eu quero também. Vamos pegar nossas capas, nossos aparatos tecnológicos, nossos dispositivos de última geração e nossas identidades secretas. Secretas, porque assim parece politicamente correto. Mas se quiser chamá-las de adulteradas, tudo bem. Vamos colocar tudo numa mala e fechar o zíper. Vamos pegar as chaves e partir pra longe. É, a gente não precisa de rumo. Podemos pegar um carro, um jato, um barco, uma vassoura, um foguete, ou o que der vontade de pegar. Embarcamos e está feito. Nós, o mundo e nossa bagagem. A mala fechada no zíper, as expectativas guardadas pra depois, a vontade de dar mais dois passos à frente, a tentativa de buscar um sentido onde tudo parece ter um rumo tão óbvio e desinteressante. Mas vamos, somos super-heróis. Tudo vai dar certo, porque faremos com que dê. Seremos aqueles defensores da justiça, mas faremos do justo o que for nosso desejo. E só. É, faça as malas, escolha o destino, olhe de lado. Me espere, eu vou com você.
Selada.
Meus agradecimentos a Bê, de quem recebi 4 selos, e a Nathália, de quem recebi 5 selos, nos últimos dias. Obrigada às duas, pela consideração e pelo apoio, que são sem dúvida, um bom motivo de estar aqui.
Visitem-nas. Nathália: http://garrafaenterrada.blogspot.com/
Bê: http://mecanismodedefesa.blogspot.com/ vale sempre a pena.
quinta-feira, 29 de janeiro de 2009
Uma pessoa, outra pessoa.
As pessoas passam umas pelas outras todos os dias. Às vezes, elas nem se reparam. Elas não param. São só pessoas sempre atrasadas, sempre apressadas, que não parariam para reparar em nada que não as atingisse diretamente.
Mas às vezes, e somente às vezes, as pessoas se encontram.
É de uma forma casual. Tanto ao acaso, tanto às escuras, quanto inesperada e supreendentemente. Uma pessoa. Outra pessoa. Depois que se encontram, elas podem passar a ser aquelas pessoas, ou podem permanecer separadas; atrasadas, apressadas, correndo atrás de algo que talvez nunca venham a alcançar. É opcional. Mas de uma certa maneira, as circunstâncias podem não oferecer opções.
E o que acontece quando não existe possibilidade de escolha? O que acontece quando as pessoas se cruzam, quando as pessoas se encontram, e passam a ter necessidade uma da outra? É como se elas já não se apressassem por razões vãs. Como se em cada razão, elas apenas se buscassem às pressas.
Continuamos nessa lentidão agitada. Continuamos sem reparar, apenas seguindo. E num momento como um outro qualquer, encontramos sem nem mesmo procurar.
segunda-feira, 26 de janeiro de 2009
Romance enjoa.
ROMANCE ENJOA.
SELOS.
Melodrama.
Tem gente que diz que romance enjoa.
Ter uma visão objetiva nos dá a noção exata da realidade. O mundo. Os problemas. As soluções. A teoria. A prática.
Ter uma visão subjetiva, por outro ângulo, nos dá a nossa interpretação do real. Se achamos que algo é certo ou errado, bom ou ruim, de acordo com nossos valores, sentimentos e princípios.
Cada pessoa escolhe sua forma de ver a vida. Direta ou não. Uns não se afetam, não se abalam, não se sentem escandalizados nem prejudicados com algo que não os atinja objetivamente. Outros observam, sentem, sonham, idealizam. E ninguém sabe qual das duas maneiras está certa. Talvez o indicado seja equilibrá-las, mesmo havendo sempre uma tendência mais forte entre as duas, uma tendência que muda de criatura pra criatura. É o que forma nossa essência.
Acredito nisso. Nesse meio termo. Mas parece que ultimamente a moda é ser racional ao extremo. Planejar, executar. Ser frio e calculista. A justificativa é o mundo competitivo em que vivemos os tempos atuais.
Então hoje, eu queria um espaço pra criticar - criticar as críticas aos que não seguem essa moda. Um espaço pra contrariar essa ditadura do raciocínio lógico, do orgulho de ser inescrupuloso e indiferente aos que estão próximos.
Dizem que ser sentimental é ser bobo.
“Ah, se eu fosse me abalar com cada desgraça que vejo, deixaria de viver em paz.” – “Não gosto desse filme, nem desse livro, são muito melosos.” – “Cada um com seus problemas, eu não tenho nada com isso.” – “Detesto gente dramática.” – “Que sensacionalismo.” – “Emoção só atrapalha.”
Todos já ouviram essas afirmações, ao menos uma única vez.
Dizem também que o romantismo morreu, que os ideais foram sepultados e que os sonhos são simples ilusões.
Eu digo que estão errados.
Será que é mais confortável ignorar os males do mundo ou tentar resolvê-los? Será que conforto pessoal é mais justo do que o bem estar coletivo? Pergunte-se. Responda-se. E se defina.
Chorar vendo um filme não o torna mais palpável, mas faz com que ele toque você. Se compadecer de um doente não fere seu orgulho, mas deixa a idéia de que ele não está sozinho. Revoltar-se com a pobreza e a marginalidade não as resolve, mas te faz suportá-las de forma mais digna. Condenar a desonestidade não a remove dos cenários onde a encontramos, mas a afasta de você.
Tudo são escolhas. Não estou apelando pra defender meu ponto de vista.
Essa é a questão. Quando se vai dentro das pessoas, elas se assustam, dizem que você apela, que você exagera, que você dramatiza, que os fatos são tempestades em copos de água. Será? Será mesmo que o anti-romantismo não é uma forma de medo, uma autodefesa? Que interrogação inconveniente de se soltar.
O mundo está cheio de problemas. Disso todos sabem. A bifurcação começa na forma de resolvê-los (sim, eles um dia terão que ser resolvidos). Vamos todos tratá-los com a ajuda de nossos cérebros. Sim. Resta decidirmos, se usaremos ou não os nossos corações.
Romance enjoa? É, fatalidade adoece.
Tem gente que diz que romance enjoa.
Ter uma visão objetiva nos dá a noção exata da realidade. O mundo. Os problemas. As soluções. A teoria. A prática.
Ter uma visão subjetiva, por outro ângulo, nos dá a nossa interpretação do real. Se achamos que algo é certo ou errado, bom ou ruim, de acordo com nossos valores, sentimentos e princípios.
Cada pessoa escolhe sua forma de ver a vida. Direta ou não. Uns não se afetam, não se abalam, não se sentem escandalizados nem prejudicados com algo que não os atinja objetivamente. Outros observam, sentem, sonham, idealizam. E ninguém sabe qual das duas maneiras está certa. Talvez o indicado seja equilibrá-las, mesmo havendo sempre uma tendência mais forte entre as duas, uma tendência que muda de criatura pra criatura. É o que forma nossa essência.
Acredito nisso. Nesse meio termo. Mas parece que ultimamente a moda é ser racional ao extremo. Planejar, executar. Ser frio e calculista. A justificativa é o mundo competitivo em que vivemos os tempos atuais.
Então hoje, eu queria um espaço pra criticar - criticar as críticas aos que não seguem essa moda. Um espaço pra contrariar essa ditadura do raciocínio lógico, do orgulho de ser inescrupuloso e indiferente aos que estão próximos.
Dizem que ser sentimental é ser bobo.
“Ah, se eu fosse me abalar com cada desgraça que vejo, deixaria de viver em paz.” – “Não gosto desse filme, nem desse livro, são muito melosos.” – “Cada um com seus problemas, eu não tenho nada com isso.” – “Detesto gente dramática.” – “Que sensacionalismo.” – “Emoção só atrapalha.”
Todos já ouviram essas afirmações, ao menos uma única vez.
Dizem também que o romantismo morreu, que os ideais foram sepultados e que os sonhos são simples ilusões.
Eu digo que estão errados.
Será que é mais confortável ignorar os males do mundo ou tentar resolvê-los? Será que conforto pessoal é mais justo do que o bem estar coletivo? Pergunte-se. Responda-se. E se defina.
Chorar vendo um filme não o torna mais palpável, mas faz com que ele toque você. Se compadecer de um doente não fere seu orgulho, mas deixa a idéia de que ele não está sozinho. Revoltar-se com a pobreza e a marginalidade não as resolve, mas te faz suportá-las de forma mais digna. Condenar a desonestidade não a remove dos cenários onde a encontramos, mas a afasta de você.
Tudo são escolhas. Não estou apelando pra defender meu ponto de vista.
Essa é a questão. Quando se vai dentro das pessoas, elas se assustam, dizem que você apela, que você exagera, que você dramatiza, que os fatos são tempestades em copos de água. Será? Será mesmo que o anti-romantismo não é uma forma de medo, uma autodefesa? Que interrogação inconveniente de se soltar.
O mundo está cheio de problemas. Disso todos sabem. A bifurcação começa na forma de resolvê-los (sim, eles um dia terão que ser resolvidos). Vamos todos tratá-los com a ajuda de nossos cérebros. Sim. Resta decidirmos, se usaremos ou não os nossos corações.
Romance enjoa? É, fatalidade adoece.
SELOS.
YOUR BLOG IS FABULOUS - BÊ.
Bê, devo a você estar aqui. Não fosse sua sugestão, eu não teria criado o blog, e não estaria percebendo agora como é bom saber que tenho um espaço para colocar meus pensamentos/idéias/futilidades/impressões e ainda assim ter quem leia tudo e divida essas coisas comigo. Aqui o selo que você me indicou.
Os procedimentos:
Listar suas 5 manias, obsessões ou apegos - Postar as regras - Indicar 5 blogs.
manias/obsessões/apegos:
- escrever
- meu quarto
- minhas amigas
- tendência de gostar das pessoas erradas
- ouvir música
blogs:
- Apenas palavras.
- Diarrhea
- A vida que eu quero
- Garrafa enterrada
- Apenas palavras ♥
SEIS COISAS, SEIS LINKS.
Indicado pela Gezzi, a quem agradeço obviamente, mas sinceramente.seis coisas aleatórias:
- quero ser jornalista
- já quis ser oncologista pediátrica
- tenho um diário de papel
- quero conhecer a Itália
- aprendi a gostar de café
- meus piores pesadelos de infância foram com a bruxa de A Branca de Neve
seis blogs:
- Apenas palavras.
- Apenas palavras ♥
- Diarrhea
- Garrafa enterrada
- A vida que eu quero
- Blog da Tânia
/espero ter feito tudo certo, qualquer coisa, abstraiam.
sábado, 24 de janeiro de 2009
CHANGE.
We can believe in.
Sim, nós podemos acreditar em mudanças. Não apenas quando aparecem em slogans políticos ou discursos idealistas. Podemos acreditar naquelas modificações mínimas do nosso dia-a-dia, que quase nunca percebemos, mas que acabam por alterar nossos percursos. E apesar das dificuldades de hábito, em nossas casas, em nossas cidades, em nossos estados, em nossos países, no mundo inteiro, gostamos de ter as mudanças como válvulas de escape. Mudanças que signifiquem uma última alternativa, uma possibilidade de esperança.
As pessoas aplaudem, assistem, incentivam, contribuem com aqueles que acendem a faísca das revoluções. Nossos heróis. Sem capas, sem espadas. Heróis de mudanças.
Sim, alguns gostam da estabilidade. Na verdade, talvez todos gostemos. A sensação de segurança e tranquilidade, como se estivéssemos num navio impassível diante das ondas, um navio que não pudesse jamais naufragar. Quem trocaria um navio por uma simples bóia? Ah, pode apostar, alguém trocaria. Eu trocaria. Você trocaria, se o navio não te deixasse satisfeito de alguma forma.
É que até mesmo dentro da bolha protetora e estável de uma rotina previsível, é natural do ser humano querer arriscar. Acordamos todos os dias, fazemos as mesmas coisas, nas mesmas sequências. Nossa salvação é imaginar o inusitado.
Aguentamos da segunda até a sexta, apenas pensando no fim de semana. Aguentamos as responsabilidades pensando nas férias. Aguentamos amores desperdiçados, sonhando com uma paixão avassaladora. E quem faria o contrário?
Nós esperamos que mudanças aconteçam, apareçam em nossa frente e digam 'oi, vamos sair do eixo?' Nós mudamos nosso destino com nossas escolhas. Às vezes vamos a lugares desconhecidos, às vezes movemos outras pessoas à nossa volta conosco. Uma mudança pode ser tão pequena ou tão grande quanto nossa possibilidade de acreditar nela.
Não estamos mais na época das guerras infindáveis, embora elas ainda aconteçam. Já não queremos desbravar os mares, e hoje os nossos olhos se voltaram pro espaço. Mas é sempre hora de mudar. Giramos porque inventaram a roda. Iluminamos porque acenderam a luz. Temos exceções porque ditaram as regras. É assim que funciona. Precisamos sempre de um pretexto, uma razão pra virar em 180 graus as nossas direções. Se o encontramos, não fazemos questão de perder o óbvio. Obviedade é monótono.
Normal é mudar. And we can believe in.
Sim, nós podemos acreditar em mudanças. Não apenas quando aparecem em slogans políticos ou discursos idealistas. Podemos acreditar naquelas modificações mínimas do nosso dia-a-dia, que quase nunca percebemos, mas que acabam por alterar nossos percursos. E apesar das dificuldades de hábito, em nossas casas, em nossas cidades, em nossos estados, em nossos países, no mundo inteiro, gostamos de ter as mudanças como válvulas de escape. Mudanças que signifiquem uma última alternativa, uma possibilidade de esperança.
As pessoas aplaudem, assistem, incentivam, contribuem com aqueles que acendem a faísca das revoluções. Nossos heróis. Sem capas, sem espadas. Heróis de mudanças.
Sim, alguns gostam da estabilidade. Na verdade, talvez todos gostemos. A sensação de segurança e tranquilidade, como se estivéssemos num navio impassível diante das ondas, um navio que não pudesse jamais naufragar. Quem trocaria um navio por uma simples bóia? Ah, pode apostar, alguém trocaria. Eu trocaria. Você trocaria, se o navio não te deixasse satisfeito de alguma forma.
É que até mesmo dentro da bolha protetora e estável de uma rotina previsível, é natural do ser humano querer arriscar. Acordamos todos os dias, fazemos as mesmas coisas, nas mesmas sequências. Nossa salvação é imaginar o inusitado.
Aguentamos da segunda até a sexta, apenas pensando no fim de semana. Aguentamos as responsabilidades pensando nas férias. Aguentamos amores desperdiçados, sonhando com uma paixão avassaladora. E quem faria o contrário?
Nós esperamos que mudanças aconteçam, apareçam em nossa frente e digam 'oi, vamos sair do eixo?' Nós mudamos nosso destino com nossas escolhas. Às vezes vamos a lugares desconhecidos, às vezes movemos outras pessoas à nossa volta conosco. Uma mudança pode ser tão pequena ou tão grande quanto nossa possibilidade de acreditar nela.
Não estamos mais na época das guerras infindáveis, embora elas ainda aconteçam. Já não queremos desbravar os mares, e hoje os nossos olhos se voltaram pro espaço. Mas é sempre hora de mudar. Giramos porque inventaram a roda. Iluminamos porque acenderam a luz. Temos exceções porque ditaram as regras. É assim que funciona. Precisamos sempre de um pretexto, uma razão pra virar em 180 graus as nossas direções. Se o encontramos, não fazemos questão de perder o óbvio. Obviedade é monótono.
Normal é mudar. And we can believe in.
sexta-feira, 23 de janeiro de 2009
Escreva-se.
Sempre amei as palavras.
As pessoas dizem que as palavras surgiram quando surgiu a necessidade de uma via mais clara de comunicação. Algo além dos desenhos e gestos.
Então, seria essa a função da palavra: estabelecer um contato, favorecer um entendimento básico daquilo que se quer ou que se precisa transmitir. É. E esse é o princípio. Mas princípios são só a pequena ponta por onde começamos a desenrolar um carretel.
Palavras são mais do que sinais. Palavras são a forma de colocarmos no plano tangível aquilo que é abstrato. Falando, conhecemos as pessoas, as coisas, o mundo. E escrevendo, conhecemos a nós mesmos. Eis a melhor parte. Quando escritas, as idéias tornam-se prováveis, executáveis, aproximando-se do nosso alcance. É como se pudéssemos oficializar o que vai secretamente dentro de nós mesmos. Medos, sonhos, planos, sentimentos, angústias, desejos, ambições, culpas e expectativas. Palavras não restringem. Palavras abrangem, abraçam, abarcam, incluem.
Palavras nos salvam de todas as formas que alguém pode ser salvo. Palavras nos tocam em zonas supostamente intocáveis dentro de nós mesmos. Palavras marcam a história do mundo, em frases decisivas, discursos importantes e acordos contratuais. Palavras marcam a nossa história, a nossa rotina, as nossas lembranças pessoais. Palavras fazem a diferença.
E assim chegamos à questão que me encanta.
Desde pequena meu sonho sempre foi esse: fazer a diferença. E tanto quanto acreditei em palavras por todos os últimos dezesseis anos de vida, acreditei também nesse sonho. De qualquer maneira, não importando quando ou como, sempre quis realizá-lo. Sempre soube, que no dia em que eu tivesse a certeza de ter feito a diferença pra alguém, tudo ganharia um novo sentido, tudo valeria mais a pena, tudo seria mais nobre e mais justificável.
E assim, chegamos aqui.
Não tenho a pretensão de mudar o mundo. Na verdade não tenho nem metade dos super poderes das minhas super heroínas preferidas. Mas se a qualquer tempo, minhas palavras chegarem a alguém, e levarem esse alguém a algum lugar, já terei o bastante.
Porque aos que acreditam, basta que aconteça o inacreditável.
As pessoas dizem que as palavras surgiram quando surgiu a necessidade de uma via mais clara de comunicação. Algo além dos desenhos e gestos.
Então, seria essa a função da palavra: estabelecer um contato, favorecer um entendimento básico daquilo que se quer ou que se precisa transmitir. É. E esse é o princípio. Mas princípios são só a pequena ponta por onde começamos a desenrolar um carretel.
Palavras são mais do que sinais. Palavras são a forma de colocarmos no plano tangível aquilo que é abstrato. Falando, conhecemos as pessoas, as coisas, o mundo. E escrevendo, conhecemos a nós mesmos. Eis a melhor parte. Quando escritas, as idéias tornam-se prováveis, executáveis, aproximando-se do nosso alcance. É como se pudéssemos oficializar o que vai secretamente dentro de nós mesmos. Medos, sonhos, planos, sentimentos, angústias, desejos, ambições, culpas e expectativas. Palavras não restringem. Palavras abrangem, abraçam, abarcam, incluem.
Palavras nos salvam de todas as formas que alguém pode ser salvo. Palavras nos tocam em zonas supostamente intocáveis dentro de nós mesmos. Palavras marcam a história do mundo, em frases decisivas, discursos importantes e acordos contratuais. Palavras marcam a nossa história, a nossa rotina, as nossas lembranças pessoais. Palavras fazem a diferença.
E assim chegamos à questão que me encanta.
Desde pequena meu sonho sempre foi esse: fazer a diferença. E tanto quanto acreditei em palavras por todos os últimos dezesseis anos de vida, acreditei também nesse sonho. De qualquer maneira, não importando quando ou como, sempre quis realizá-lo. Sempre soube, que no dia em que eu tivesse a certeza de ter feito a diferença pra alguém, tudo ganharia um novo sentido, tudo valeria mais a pena, tudo seria mais nobre e mais justificável.
E assim, chegamos aqui.
Não tenho a pretensão de mudar o mundo. Na verdade não tenho nem metade dos super poderes das minhas super heroínas preferidas. Mas se a qualquer tempo, minhas palavras chegarem a alguém, e levarem esse alguém a algum lugar, já terei o bastante.
Porque aos que acreditam, basta que aconteça o inacreditável.
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