Tem coisas que a gente vive e pensa, “como vai ser no futuro?”.
Para algumas dessas coisas, a gente faz planos. Organiza detalhes, como uma lista de tarefas pendurada na porta da geladeira esperando ser realizada. A gente pensa nas possibilidades, reais ou ilusórias, vai tecendo cada pedacinho desfiado da costura, emendando cada retalho, alinhavando cada fio. A gente sonha, a gente constrói com o imaginário. A gente simula as cenas - de olhos fechados a gente enxerga os finais que pretende alcançar.
Para outra parte dessas coisas, no entanto, a gente prevê que não há futuro. Acontece e ponto. Ponto final. Não achamos nem motivos que rendam as reticências. Então, enterramos o que nem mesmo chega a acontecer. Fechamos numa caixa o que poderia ter sido e não foi, e nunca será.
Até que um belo dia, nem de Março, nem de Setembro, o futuro chega. Ele não se anuncia. A gente simplesmente percebe que ele chegou. Como se fossemos convidados a dançar, e de repente já estivéssemos no meio do salão.
Não tem volta. É o futuro. Aqui. Agora.
Aquele futuro das expectativas pelo que virá ou das saudades que nunca foram. Aquele, exatamente aquele, tão distante, tão afastado. Acontecendo nesse instante.
Então, a gente percebe. Pode estar sendo frustrante, pode estar sendo válido, pode estar sendo bom, ruim, melhor, pior, encantador, empolgante, monótono, ou apenas diferente do planejado. Afinal, os planos foram desenhados num tempo que hoje, é passado. Vieram canetas para passá-los a limpo. Ou borrachas, para apagá-los.
Seja como for, é tempo de libertar-se daquilo que foi, tempo de olhar o presente, renovar as fronteiras que já não se estabelecem mais. Porque o futuro sempre chega.
E chega rápido demais.
É, a realidade se impõe. Quando a gente acha que tem a trama nas mãos, o papel e a caneta, as rédeas de tudo, quando a gente acha que controla tudo e que as coisas param junto dos nossos limites, a realidade, essa menina rebelde, retoma a cena e mostra que é ela quem manda, que faz o que quer. Cabe a nós pescar as coisas que podem ser úteis para os nossos objetivos, para as nossas metas. Mas quem controla a maré ainda é essa garota mimada.
ResponderExcluirQuerida, você escreve muui bem, isso não é segredo! Seus textos são (sempre) maravilhosos.
Um beeijo!
Muito lindo e pura realidade. Temos que nos libertar mesmo. Você esta de parabéns, blog maravilhosooooo....
ResponderExcluirBjos
Quando penso que seus textos não podem ficar melhor.. vooce se supera !!
ResponderExcluirSimplismente adorei !!
beijoo
O Futuro as vezes vem sem nem a gente querer...
ResponderExcluirmas ele chega antes mesmo dagente bater as palmas, e tudo o que ficamos planejando acabaficando por água abaixo ... adorei o blog!
Beijos
O futuro é traiçoeiro, o que uma hora temos no segunto seguinte já sumiu, está de parabens está lindoo ! beijos
ResponderExcluirLarissa, sou um homem ou rapaz, com inúmeras teorias. Não as procuro para explicar o mundo, como deve soar a questão, mas para sustentar o mundo que particularmente eu vivo. O futuro não existe concretamente. É uma perspectiva, expectativa. Ninguém está no futuro. Há sim, o presente, o passado. O futuro é uma especulação.
ResponderExcluirGostaria de lhe fazer duas perguntas. A primeira seria -"Qual é o ângulo com o qual você vê as coisas?" A segunda pergunta seria -"Uma lembraça? Qual seria ela?"
Ficaria contente se pudessemos extender os laços. Abraço,
R.Vinicius
é como vai ser o nosso futuro,
ResponderExcluirnois nem sabe o dia de amanha.
Liindo! O futuro chega muito rápido. Ficamos sonhando, imaginando como ele seria, e de repente ele está aqui, diferente do que nós pensamos. O futuro surpreende. E muitas vezes já dá saudades do passado
ResponderExcluirBeeeeijos Lari
Larissa, não sei bem o que houve, mas acabei de lhe enviar um comentário imenso, em um post que não está mais aqui. Era um post, no qual você estava falando sobre viajar, enquanto arrumava suas malas. Não sei se vi o post mesmo ou se estou um pouco maluco :) Postei no Folhas um conto sobre o Julgamento de um discipulo de Sócrates. Adoraria ter a sua opinião acerca do texto.
ResponderExcluirAbraço,
R.Vinicius