sábado, 25 de dezembro de 2010
Peace
quinta-feira, 23 de dezembro de 2010
Desafio dos Sete
7 coisas que tenho que fazer antes de morrer:
01) Viver ou saber que se está vivendo, como diria Clarice
02) Escrever e publicar um livro
03) Aprender a tocar violão (e quem sabe, outros instrumentos)
04) Me casar
05) ...e ter filhos
06) Viajar! (Veneza, Irlanda, Londres, Paris, Montpellier, Viena... viajar, viajar)
07) Criar uma lista de coisas para fazer antes de morrer
7 coisas que eu mais digo:
01) Amor
02) Du
03) Ai!
04) Sério?
05) Que saco!
06) Não sei...
07) Oun!
7 coisas que eu faço bem:
01) Drama
02) Bolo de chocolate
03) Escrever
04) Ler
05) Dormir, rs.
06) Sentir histórias minhas ou dos outros
07) Gravar as palavras que me dizem/escrevem
7 defeitos meus:
01) Gravar as palavras que me dizem/escrevem
02) Dramática
03) Teimosa
04) Descoordenada/desastrada
05) Ansiosa
06) Insegura
07) Instável
Ou seja, um problema.
7 coisas que eu amo:
01) Sentir amor por quem me importa
02) Escrever, escrever, escrever
03) Ver o dia amanhecer
04) Arrumar as malas pensando em viajar
05) Meus livros, meus diários, meus cadernos
06) Ouvir a mesma música repetidas vezes
07) Acordar e pensar: ele existe de verdade.
7 qualidades:
01) Cuidadosa
02) Atenciosa
03) Cativante, rs
04) Compreensiva
05) (Quase sempre) Organizada
06) Compenetrada
07) Charmosinha, que tal? rs
7 pessoas para fazer o Desafio dos Sete:
Sarah, Tânia, Minnie, Jéssica, Ariana, Fernando, Juliana.
Presentes
01) Se eu fosse um garoto, meu pai teria me dado o nome de Francisco.
02) Meu nome significa "cheia de alegria" - o que nem sempre se reflete em mim.
03) Se eu fosse um animal, seria algum que voasse.
04) Quando era menor, pretendia ser estudante de Medicina. E hoje, sou apaixonada por um.
05) A vilã da minha infância foi a Rainha, de A Branca de Neve.
06) Sinto-me culpada facilmente e quase nunca desculpo a mim mesma.
07) Minha disposição é muito mais noturna do que diurna.
08) Sou nostálgica, chorona, reflexiva, saudosista, dramática e melancólica. rs
09) Quero ser escritora, mas começarei no Jornalismo.
10) Às vezes sinto vontade de voltar a dançar Ballet.
10 indicados:
Cabelo Cor de Rosa - Marcella
Entrenó - Sarah
Pescando Estrelas - Minnie
Blog da Fe - Fernanda
MPB - Jéssica
E alguém mais que os deseje. Presente de Natal.
segunda-feira, 13 de dezembro de 2010
I don't want this to end
segunda-feira, 29 de novembro de 2010
Do you believe?
- Não pode? – a rainha repete com um ar triste - Tente de novo: respire fundo, feche seus olhos, e acredite.
Alice ri:
- Não adianta tentar. Só tolos acham que coisas impossíveis podem acontecer.
- Acho que o que lhe está faltando é um pouco de prática – responde a rainha. – Quando eu tinha sua idade treinava pelo menos meia-hora por dia, logo depois do café da manhã, fazia o possível para imaginar cinco ou seis coisas inacreditáveis que poderiam cruzar meu caminho, e hoje vejo que a maior parte das coisas que imaginei se tornaram realidade, inclusive me tornei rainha por causa disso.
(Lewis Carroll)
domingo, 28 de novembro de 2010
Le 28 novembre
Eu desejei atravessar para sempre aquela rua, mas nós precisávamos ir. Porque era tão tarde à noite, a ponto de ser cedo demais naquela manhã de novembro. Precisávamos ir porque existiam regras, pessoas, relógios, ponteiros, esperas, deveres... mas, intimamente, nós permaneceríamos ali. E secretamente, o mundo ainda me pertenceria. Enquanto, no meu coração, eu sabia: era a você, que eu desejava pertencer.
quinta-feira, 25 de novembro de 2010
Porcelana - segunda e última parte
Em seu coração - que agora batia muito mais lentamente, ganhando uma condição duvidosa de existência, antes tão certa - ela soube: não poderia suprir todas essas idealizações. Então, a bonequinha de pano precisou se despedir. Por ela e também por ele, para libertá-lo ao encontro de madeiras, porcelanas e estruturas mais firmes e bem delineadas. A bonequinha de pano acumulou dentro de seus retalhos toda a coragem que provavelmente nem possuía, e se despediu. Repetiu para si mesma que essa era uma despedida temporária, para se convencer de que amar era o bastante para tornar real uma história desejada dentro de si. Poderia ser, não poderia?
Mas antes de partir, era preciso que dissesse ao bonequinho de madeira que, mesmo de longe, esperaria por ele. Mesmo distante, zelaria pelos seus passos, pelos seus tropeços e impediria as suas quedas.
Então, se conheceres o bonequinho de madeira que a fez acreditar indubitavelmente em seu próprio coração, diga-lhe que ela o ama. Diga-lhe que, quando os invernos chegarem, será útil sua natureza rendada e costurada - e ela irá aquecer-lhe as noites frias de um modo que nenhuma porcelana poderia aquecê-lo. Diga-lhe que ela tentará ser quase tão forte quanto a madeira que o forma, e que ela se esforçará para expulsar de si toda a poeira interior. Diga-lhe, especialmente, que no dia em que ele achar que o pano lhe cairia bem, chame-a. E ela irá até a prateleira mais alta somente para encontrá-lo. Somente para pedir-lhe desculpas por não ter a perfeição que ambos imaginaram que teria. Somente para pedir-lhe: diz alguma coisa... Quando ela mesma não souber o que dizer. E para secá-lo, aquecê-lo, envolvê-lo e amá-lo com todos os seus retalhos, com todos os seus pontos e linhas. Porque no fundo eles sabem que se o bonequinho de madeira ameaçasse despencar, ela despencaria abraçada a ele - para que seu pano os protegesse do impacto, e ele jamais se machucasse. Porque embora ela saiba que já o machucou um dia, arriscaria se descosturar completamente, apenas para salvá-lo. E o faria milhares de vezes, quantas fossem necessárias... já que o amor nunca desiste, e tudo espera e em tudo crê.
Então, se conheceres o bonequinho de madeira, e por acaso o encontrares, dê-lhe um beijo no lado direito do rosto, apertando-lhe uma das mãos. E diga-lhe finalmente que a sua bonequinha de pano ainda acredita, e continuará acreditando que tudo vai terminar bem.
terça-feira, 23 de novembro de 2010
Porcelana - primeira parte
Então mesmo que ela já houvesse visto - e ele a seu modo também - foi necessário que o destino e a sorte dessem as mãos, para tornar os empurrões mais fortes, mais avassaladores, mais inevitáveis. Até que, finalmente, aconteceu. O bonequinho de madeira alcançou o ponto exato da prateleira onde ela o esperava. E aqui, lhes conto um segredo que quase ninguém nos conta: facilmente, eles se apaixonaram. Porque apaixonar-se não é, nem nunca será, mais trabalhoso do que manter os sentimentos sob os golpes que o tempo nos traz em seguida. Apaixonar-se é fácil, é doce e leve. Apaixonar-se eleva a alma. E, apaixonados, eles se elevaram.
Até que o tempo (inevitavelmente) começou a passar... a prateleira tornava-se empoeirada e dias depois era limpa, mas sempre restava algum pó. É assim, não é? Sempre resta. E de modo triste, a bonequinha foi percebendo, aos poucos, que não era quem imaginava ser. Enquanto sua felicidade crescia ao lado do bonequinho de madeira, surgiram os primeiros impasses, os primeiros desentendimentos, as primeiras decepções. E decepcioná-lo era semelhante a morrer um pouco. Mas por que acontecia, se ela o esperara tanto? E aqui, lhes conto um segundo segredo: a bonequinha, que durante todo o tempo imaginara ser feita de porcelana, era na verdade uma costura de retalhos velhos e emendados. A bonequinha era feita de pano.
Enquanto ele, de madeira, lhe parecia tão forte, tão inabalável, tão seguro e tão correto, ela descobriu que não possuía a fragilidade tão linda da porcelana... se despencasse da prateleira ao chão, não seria preciso que ele a salvasse. Ela não se desfaria em centenas de caquinhos. Continuaria inteira, mesmo que sentisse machucar-se. E como era triste não precisar ser salva, quando intimamente isso era tudo de que ela mais necessitava.
Perceber-se de pano retalhou aos poucos sua certeza de que era perfeita para ele. Agora, era mais sensata a possibilidade de existir uma outra bonequinha mais firme - de madeira também, da mesma que a dele, talvez - para torná-lo feliz sem os impasses, sem os desentendimentos, sem as decepções. Uma bonequinha de madeira, para fazer com que ele se jogasse em sua salvação, ao despencar do alto da prateleira. Uma bonequinha de madeira que não acumulasse a poeira dentro de si, mas apenas em seu exterior.
[...]
sábado, 20 de novembro de 2010
segunda-feira, 15 de novembro de 2010
In a bottle
Querido Minha Neologia,
Estou escrevendo do mesmo lugar de onde escrevi tantas outras vezes. Mas escrevo com o sentimento dos iniciantes afoitos, que mergulham nas aventuras inesperadas que lhe aparecem, porque você foi uma das mais doces aventuras que me apareceram.
Escrevo para lhe enviar as vibrações mais profundas de minhas saudades. E para contar-lhe que desistir temporariamente de escrever, foi como abrir mão de uma parte do que havia para ser vivido. Não escrever é viver menos. Mesmo que meus cadernos continuem sendo preenchidos com as minhas anotações particulares, há essa falta silenciosa de compartilhar palavras e uni-las a outras – de outras ideias, de outros lugares, de outras vidas. Há essa necessidade faminta de possuir um sopro de outras existências além da minha, e de soprar mais forte para alcançar outras pessoas que também queiram sentir-se vivas.
Escrevo porque eu talvez não tenha encontrado (ainda) as respostas que procurava ao me despedir. Mas encontrei cenas lindas que preciso descrever, e motivos nobres que me fizeram compreender como é possível ser tão pulsante, dentro de um mundo tantas vezes inerte. A verdade, é que eu lhe escreveria mesmo que não houvesse encontrado nada – e confesso que dentro de mim ainda há muito que está difuso e embaralhado – somente para que esse nada passasse a significar algo às vistas de mais alguém. Meus nadas possuem carências de significado. Estou sempre precisando que enxerguem singularidade em meus atos mais plurais e generalizados. E encontro aqui uma espécie de depósito para meus carentes e (in)significantes nadas; para minha fé, para meu tempo e para mim mesma.
Escrevo como quem escreve um cartão postal de algum paraíso paradisíaco, ou de alguma ruela medieval congelada no tempo. Escrevo como quem envia notícias de longe, bem longe, para fazer-se sentir um pouco mais perto de algum lugar semelhante a um lar. Escrevo como quem sela uma carta, como quem remete parágrafos nostálgicos a um amigo distante, ou como quem engarrafa uma mensagem antes de arremessá-la ao mar. Isso: escrevo engarrafando as minhas palavras. Estou vivendo, Minha Neologia, não se preocupe. Estou vivendo anos em dois ou três dias, e em outras épocas vivendo algumas horas isoladas numa semana inteira. Mas sinto a vida pulsando enquanto engarrafo as palavras. Eu vivo. E desejo que elas se tornem meu pedido secreto a qualquer um que encontrá-las.
A você, que esteve lendo: viva.
quinta-feira, 7 de outubro de 2010
See you soon
(Aos visitantes, aos blogueiros, aos amigos que comentam e acessam: continuarei visitando seus blogs. E caso precisem, estarei aqui. Pausei meus textos, mas não abandonarei vocês que não me abandonam. Um beijo e uma gratidão enorme para todos, especialmente para - os de sempre - Will, Fernanda, Fernando, Minnie, Marcela, Tânia, Natália, Jéssica, Bruna... e todos os curiosos, atuantes, corajosos e pacientes que a cada palavra me encantam mais.)